sexta-feira, 2 de outubro de 2020

OPRESSÃO PERMANENTE

É  sempre longe demais,
Tarde demais.
Há  sempre um interdito,
Um impossível,
Roubando a vida da gente. 

Há  sempre uma precariedade, 
Dizendo o tempo presente,
Os absurdos da sociedade
E as misérias do Estado.

É  sempre minha existência
Vazia dos outros,
Sem rumo,
Sem futuro,
Enquando queima em mim
Em segredo
Um atemporal  desejo profundo
De mudar radicalmente o mundo
Na alegria e festa das grandes e inumanas angústias. 

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