Tenho medo dos meus desejos,
Das carências que desconheço
Mas me corroem por dentro
Em orgias de irracionalismos mudos.
Não sei o que esperar dos meus gritos ocultos,
Das dores abstratas que não conhecem
O meu rosto.
Tenho medo do lado avesso
De mim mesmo,
Daquele outro que me espreita raivoso
No fundo da noite
além do sono.
Tenho medo do que sou
No solitário universo paralelo
Dos meus monólogos invisíveis.
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