sábado, 21 de novembro de 2015

PARA UMA FILOSOFIA DA CONVIVÊNCIA


O amor não passa de uma fantasia vazia ou, na melhor das hipóteses, de uma ilusão delicada. O que é essencial nos intercâmbios intersubjetivos é o cultivo da convivência como alteridade, como dialética concreta do eu e do outro.

Esta não é uma questão que envolve afetividade ou qualquer outro tipo de passionalidade, trata-se da construção de um conhecimento mútuo de quem somos em nosso agir cotidiano. A premissa da convivência é a insignificância, a precariedade da existência. Nada é realmente importante...

Isso nos leva a “querer” menos, a esperar menos, na medida em que nos tornamos conscientes da precariedade de nossas compartilhadas realidades.


A convivência é filha do mais pragmático pessimismo. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário