O amor não passa de uma fantasia
vazia ou, na melhor das hipóteses, de uma ilusão delicada. O que é essencial
nos intercâmbios intersubjetivos é o cultivo da convivência como alteridade,
como dialética concreta do eu e do outro.
Esta não é uma questão que
envolve afetividade ou qualquer outro tipo de passionalidade, trata-se da
construção de um conhecimento mútuo de quem somos em nosso agir cotidiano. A
premissa da convivência é a insignificância, a precariedade da existência. Nada
é realmente importante...
Isso nos leva a “querer” menos, a
esperar menos, na medida em que nos tornamos conscientes da precariedade de
nossas compartilhadas realidades.
A convivência é filha do mais
pragmático pessimismo.
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