O amor romântico pressupõe a
violência simbólica ou real como estratégia de construção do poder constituído pela
ideia de uma vinculação eterna, de uma predestinação. Nesta perspectiva, o amor
romântico, dado seu caráter necessariamente obsessivo, é essencialmente
coercitivo.
O objeto amado, precisa ser
amado, sempre e cada vez mais. Ele deve
realizar o amor. Assim pensa o amante. Sua satisfação, sua segurança, está na
experiência do amor. Se o objeto amado não corresponde a experiência romântica,
ele deve ser persuadido a fazê-lo.
Alguns podem considerar tais
considerações sobre a dinâmica romântica um pouco exageradas. Mas o fato
de casos amorosos acabarem com frequência
nas páginas policiais, evidenciam o quanto situações de tensão e violência não
são estranhas a relações amorosas. O numero de assassinatos e agressões que
mulheres sofrem nas mãos dos seus parceiros em países como o Brasil não nos
deixam mentir.
Mesmo aqueles que fazem apologia
do amor romântico não podem negar que o amor é fonte de muitos litígios e desentendimento
entre as pessoas.

Nenhum comentário:
Postar um comentário