quarta-feira, 18 de novembro de 2015

AMOR ROMÂNTICO E VIOLÊNCIA

O amor romântico pressupõe a violência simbólica ou real como estratégia de construção do poder constituído pela ideia de uma vinculação eterna, de uma predestinação. Nesta perspectiva, o amor romântico, dado seu caráter necessariamente obsessivo, é essencialmente coercitivo.

O objeto amado, precisa ser amado, sempre e cada vez mais.  Ele deve realizar o amor. Assim pensa o amante. Sua satisfação, sua segurança, está na experiência do amor. Se o objeto amado não corresponde a experiência romântica, ele deve ser persuadido a fazê-lo.

Alguns podem considerar tais considerações sobre a dinâmica romântica um pouco exageradas. Mas o fato de  casos amorosos acabarem com frequência nas páginas policiais, evidenciam o quanto situações de tensão e violência não são estranhas a relações amorosas. O numero de assassinatos e agressões que mulheres sofrem nas mãos dos seus parceiros em países como o Brasil não nos deixam mentir.


Mesmo aqueles que fazem apologia do amor romântico não podem negar que o amor é  fonte de muitos litígios e desentendimento entre as pessoas.

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