O prazer não se relaciona com o desejo de forma positiva,
mas de modo destrutivo. Pode-se mesmo dizer que o prazer é o oposto do desejo e
seu impiedoso carrasco. Afinal, o gozo é uma margem da morte e o desejo a
afirmação virtual da vida em toda a sua plenitude.
Aquele que deseja sonha, elabora, inventa mundos.
Aquele que goza se desfaz no instante efêmero do gozo, se
despersonifica.
O prazer é um vício pior do que heroína. Já o desejo é
libertador.

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