Não sou senhor dos meus atos,
Palavras e sentimentos.
Eles acontecem em mim
Na impessoalidade das reações.
Sou absolutamente banal,
Assustaduramente comum.
E, mesmo assim,
Não sou como os outros.
Sou alguém
No meu modo de ser nada,
De sucumbir à multidão .
Existir não é importante,
Contrariando tudo que sei e sinto.
Sou o instante único de um vazio
Comum a todos,
E disso não posso fugir.


