sexta-feira, 29 de setembro de 2017

A ONIPOTÊNCIA DO DESEJO

Já diziam os dadaístas que a vida é uma farsa de má qualidade. Afinal, toda realidade não passa de uma quimera e a verdade é uma necessária ilusão, é apenas um estupido artificio humano a estabelecer falsas resposta ao abstrato problema sem solução que é o mundo.

Somos o irracional onipotente da vontade. Viver é compulsão, convulsão, sensação, apetite, desejo. Estamos condenados a esta falta de existência que nos leva ao fora de nós mesmos. Mas não existe o exterior tanto quando inexiste o interior. Tudo é indeterminação, movimento de um desejo absoluto que não me diz  o rosto, mas que me faz seu espelho opaco.
  


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