Não tenho paciência
para canções de amor. Elas não me comovem. Não passam de distração vazia que
nada acrescenta a realidade ou aos nossos dilemas afetivos. A gramática amorosa
é repetitiva, demasiadamente falsificadora. Inventa virtudes onde apenas
existem equívocos. Felizes ou tristes, canções de amor são medíocres. Afinal, o
amor nada mais é do que um modo infantil de preenchermos nossos vazios.
Cantado em verso
e prosa, o amor tornou-se um equivoco banal.

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