É possível gostar de estar
sozinho e, ao mesmo tempo, desejar companhia? Naturalmente que sim. Reconhecer
as virtudes da solidão não nos impede de idealizar o outro como coadjuvante de
nossa experiência intima. Mas tais idealizações nunca encontram eco na
concretude dos diálogos concretos que a vida nos oferece.
Não sacrificamos nossa solidão
sem a contrapartida de uma boa recompensa pessoal, sem a garantia de uma
companhia que nos preserve livres e autônomos. Geralmente, ao contrário, o
outro sempre espera que nos
enterremos em um relacionamento abrindo mão do essencial de
nós mesmos. Assim, a solidão sempre se oferecerá como uma alternativa mais
artraente.

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