O amor pode ser considerado uma
espécie de doença, um estado singular de entorpecimento da consciência.
Trata-se da forma mais complexa
de narcisismo, pois pressupõe o outro como espelho de si mesmo, como objeto de
fantasia e desejo.
Através do amor buscamos ser mais
do que nossa elementar finitude , viver mais do que a concretude dos fatos e,
nos casos mais radicais, fazer do outro a meta de nossa própria existência.
Amantes nunca são razoáveis,
fecham-se em sua fantasia infantil e através dela reinventam o mundo dominados
por uma passionalidade que flerta com o absurdo e o irrazoável.
Jamais confie nas considerações
de um amante.
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