sábado, 12 de setembro de 2015

RELACIONAMENTOS

Relacionamentos  baseiam-se não raramente na simulação de sentimentos, escondem interesses e necessidades que pouco dizem respeito ao ideal amoroso.

Não são poucos os  relacionamentos sustentados por conveniências, sejam de natureza financeira ou de  status social. Por isso estar sozinho pode ser, as vezes, uma questão de virtude, uma defesa contra a banalidade da economia afetiva de nossa cultura.

O ideal romântico do amor eletivo não é e nunca  foi uma alternativa a isso. Não passa de uma fórmula vazia para iludir os mais jovens e idealistas.

Relacionamentos e vínculos profundos só são possíveis hoje em dia entre pessoas sóbrias, conscientes de si mesmas e  dispostas a respeitar o outro e suas contradições e limites. Mesmo nestes casos, não se iludam com a possibilidade de um equilíbrio e uma compreensão mutua plena. É típico dos seres humanos  o vício do desentendimento e da incompreensão.


A verdadeira questão é  saber o quanto duas pessoas podem acrescentar e transformar uma  a outra  através do simples compartilhamento  de suas vidas.  

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