Chamam de amor ao jogo vazio que se estabelece entre duas
pessoas que se reconhecem em uma mesma vontade de exercer sobre o outro
qualquer poder. Há algo de autoritário
no bem querer. Pois é através do outro
que aprendemos a s artimanhas do afeto e os jogos de prazer.
Deve o outro aceitar ser parte do nosso mundo mais pessoal e
passional, mas não na exata medida em que pertencemos ao seu.Por isso a espontaneidade
e a sinceridade são venenos para o amor.
Ninguém ama aquele a quem plenamente se conhece a ponto de
saber suas fraquezas, suas vilezas e destemperos. Pois este se torna impróprio
ao nosso mundo na medida em que afirma as abstratas fronteiras de seu acontecer
mais intimo.
Poucos são aqueles realmente dispostos a jogar o jogo do
amor...
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