De modo geral as pessoas
idealizam demasiadamente o amor e as afetividades. Acreditam que o outro é uma
meta indispensável a realização pessoal. Estar com alguém é para muitos uma
obsessão, uma necessidade primordial. Pouco pensam no enorme desgaste psicológico e emocional que
um relacionamento traz.
Relacionamentos não deveriam
acontecer por “necessidade”, mas por simples acaso. Como algo que nos surpreende ao dobrar uma esquina, quase
uma banalidade. O amor não deveria ser uma finalidade, um valor, mas algo
pragmático, uma decisão lúcida fundada na necessidade de estabelecer diálogos existenciais.
A qualidade de nossos vínculos deveria
ser regulada pela razão e não pelo irracional dos instintos e da intuição.
Talvez assim as páginas policiais e o mudo cotidiano das pessoas comuns não
estivesse tão povoado de histórias tristes e deploráveis carregadas de
sentimentos e pieguices.
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