sexta-feira, 25 de novembro de 2022

SENSO COMUM

Eu, que já não sei o que sinto,
o que quero, penso,
ou espero,
ainda considero perfeito
 meu juízo precário
e o brilho quase divino das autoridades.
 

Ainda sei que o mundo existe,
apesar da nossa pouca realidade.

Pouco importa o caos social,
a angústia existêncial,
 a vida segue normal
e cabe numa bolha de informação.

Não há verdade fora da civilização.
Mesmo que um dia ela nos leve a extinção.
Tenha fé no hoje e siga com outros,
morra sozinho amanhã.



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