e o corpo do outro
reinvento narciso
no espelho quebrado
de um eu partido.
Pois o corpo é sempre mais intenso,
mas concreto,
do que o eu
que nunca cabe no rosto
e se ilude infinito.
Entre o meu e o teu corpo
há sempre a sombra de um outro
que apaga em nós o rosto
enquanto dança feito borboleta
entre as almas das coisas.
Qualquer diálogo é impossivel
onde tudo é a sombra de um outro corpo
fora do tempo e do espaço.
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