Percebo, quando estou sozinho, o
quanto minha própria existência é algo
que acontece fora de mim. Mesmo distante do olhar do outro, a consciência que
me define é uma ciência do que me ultrapassa, uma consciência das coisas que me
configura como parte do mundo e dos outros.
Sou um estado de coisas em processo,
um movimento sempre constante em direção ao acontecer da vida como exterioridade e imanência.
Parte de mim é o outro que me observa, que me fala. Não vejo nisso nenhum
dualismo ou qualquer forma de dialética, mas uma composição do diverso, do múltiplo
que define em intercâmbio tudo que é manifesto.
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