quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

ALTERIDADE E MULTIPLICIDADE


Percebo, quando estou sozinho, o quanto  minha própria existência é algo que acontece fora de mim. Mesmo distante do olhar do outro, a consciência que me define é uma ciência do que me ultrapassa, uma consciência das coisas que me configura como parte do mundo e dos outros.

Sou um estado de coisas em processo, um movimento sempre constante em direção ao acontecer da vida como exterioridade e imanência. Parte de mim é o outro que me observa, que me fala. Não vejo nisso nenhum dualismo ou qualquer forma de dialética, mas uma composição do diverso, do múltiplo que define em intercâmbio tudo que é manifesto.

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