Preenchemos a juventude com amores banais
no aprendizado das afeições. No fundo, são os prazeres do corpo que nos
conduzem a experiência de nos mesmos através da vivência do outro como meta.
Estabelecemos intercâmbios, definimos territórios
de intimidade e segredo, e só tarde demais descobrimos a fragilidade e
delicadeza destas moradas existenciais de sociabilidade e afeto. Atingimos a
maturidade quando aprendemos a lidar com
nosso inalienável sentimento de solidão, com a elementar constatação de que estamos
condenados ao nosso próprio corpo, a experimentar do outro como miragem e
incerteza.
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