Apenas aquele que sofre a existência de alguém pode falar sobre amor. Pois o amor é falta, um saber ausências.
O amante guarda uma recusa de si mesmo através da afirmação do outro como ideal de alteridade.
Insuficiente ver nisso simples idealização e projeção. Há algo de uma secreta e voluntária auto recusa no ato de amar.
Por isso o amor não realiza uma meta ou atinge um objetivo. Não há gozo que o satisfaça. Ele exige sempre o impossível.
O amor é em seu movimento sem tempo e espaço, sem alcançar realização concreta, pois vive de sua própria e infinita fome. Por isso quem ama padece.
O amor é uma doença para espíritos jovens e ingênuos. É sempre o querer do outro como auto engano.

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