quinta-feira, 26 de março de 2015

PASSIONALIDADE E AFETIVIDADE

Há mais amor nas páginas policiais do que no volúvel coração dos enamorados.

Pouco significa, afinal, o ato de um beijo, um carinho trocado no efêmero da economia dos afetos compartilhados.

Quanto mais intimidade, maior se torna a distância entre duas vidas que ingenuamente se pretendem unidas em um só destino.

Somos todos solitários, precários exercícios de singularidade humana, buscando inutilmente abrigo no afeto do outro. Mas sempre falhamos e nos desencontramos pela singularidade de nossas ansiedades e inaptidão para o dialogo. Poucos  lidam com sua passionalidade de modo satisfatório ao ponto de estabelecer relacionamentos duradouros. 

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