Há mais amor nas páginas policiais do que no volúvel coração dos
enamorados.
Pouco significa, afinal, o ato de um beijo, um carinho trocado no
efêmero da economia dos afetos compartilhados.
Quanto mais intimidade, maior se torna a distância entre duas vidas que
ingenuamente se pretendem unidas em um só destino.
Somos todos solitários, precários exercícios de singularidade humana, buscando
inutilmente abrigo no afeto do outro. Mas sempre falhamos e nos desencontramos
pela singularidade de nossas ansiedades e inaptidão para o dialogo. Poucos lidam com sua passionalidade de modo
satisfatório ao ponto de estabelecer relacionamentos duradouros.

Nenhum comentário:
Postar um comentário