sexta-feira, 22 de agosto de 2014

CAOS, AMOR E EMOÇÃO....



Emoções são reações orgânicas e subjetivas a determinados estímulos  exteriores. Pressupõem uma excitação . As mazelas do amor superam de longe suas delícias.

E não é preciso ter o coração despedaçado por alguma malograda experiência amorosa para se saber disso. Trata-se de mera questão de sensatez e bom senso. Afinal, tirando a fase das ilusões típicas da adolescência, ninguém costuma acreditar que será arremetido a algum tipo de paraíso existencial porque encontrou alguém para  compartilhar seus dias e tempo de ócio.  Mesmo os mais sensíveis  aos intemperes da solidão sabem que a companhia de outrem não é garantia de uma existência feliz e serena. Aliais, o normal é que  seja exatamente o contrário.

A grande verdade é que não suportamos a nós mesmos. Por isso precisamos dos outros como distração ao inconveniente de estar consigo mesmo.

Quanto fisiológica quanto cognitiva frente a  um evento objetivo. Desta forma uma emoção é uma reação valorativa e teleológica já que “emoções primárias”, puramente irracionais, podem derivar “emoções secundárias” formatadas por valores e premissas cognitivas. Seja em ou outro caso, mesmo quando domesticadas emoções são regidas por um fluxo irracional de experiências sobre os quais possuímos um controle apenas relativo.

Quando associadas à passionalidade amorosa ou afetos eletivos, as emoções estão longe de realizar os ideias de “bons sentimentos” e “felizes intercâmbios privados ” preconizados pelas  ingênuas expectativas  estabelecidas pelo  amor tal como representado pelo senso comum.  

O amor é um pathos, uma compulsão irracional e amoral cuja finalidade é unicamente satisfazer a si mesma a qualquer preço.  No campo dos relacionamentos amorosos a economia das emoções  supera a passionalidade de qualquer conflito bélico em termos de  absurdos.

 

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