Vivemos tempos de relacionamentos efêmeros, de vazios íntimos combinados ao dialogo surdo de afetividades descartáveis onde o medíocre e o ordinário dão o tom de pseudos encontros.
Os intercâmbios afetivos dão lugar a frivolidade e ao desnutrido pragmatismo do não comprometimento real com o outro cuja visibilidade restringe-se ao imperativo do gozo.
A miséria do amor romântico é assim substituída pelo amor da miséria do intimo, do vazio que hoje formata nosso modo de estar no mundo.
A decadência das formas tradicionais de afetividade deve pressupor algo mais do que a fácil opção pelo seu radical oposto, mas uma construção ou reconstrução generosa de nossa inalienável fragilidade humana.

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