A maior parte das pessoas fala do amor como um sentimento,
como uma afinidade eletiva. Contrariando
este preconceito tão cantado em verso e prosa, o fato é que o fenômeno
do enamoramento é um jogo psicológico, uma projeção que define o outro
como um algo perdido dentro de nós
mesmos.
O desejo não está naquela pessoa que compulsivamente
nos prende todas as atenções e intenções, seu objeto é o algo mais que aquela pessoa desperta dentro
da gente como um imperativo.
Este “algo mais” que acessamos
através de emoções e fantasias revela a insatisfação com aquilo que somos, o quanto
a consciência de si e do mundo é insuficiente ao nosso bem estar psicológico
enquanto indivíduos em um mundo em constante desconstruções.
O mais irônico nisso tudo é que
qualquer relacionamento possível
responde as nossas inquietações mais intimas.











