É preciso cultivar em alguma parte do mundo
um canto qualquer de segredo
para o qual se possa sempre escapar.
Um teto outro sob o qual repousar o juízo,
um lugar bonito onde tudo nos seja, simultaneamente, estranho,
familiar e infinito.
Sendo possível nele fugir ao peso de nossas enfadonhas rotinas,
frustrações e ambições cotidianas.
Um lugar para ignorar o peso do tempo que nos faz definhar.
Todo mundo necessita de um bom esconderijo
para de vez em quando se guardar dos outros,
para exercer o doce direito de ficar sozinho,
de sonhar e viver a liberdade de esquecer de si e do mundo entorpecido pelo mais profundo cansaço
e pela mais bela e franca preguiça.
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