domingo, 5 de fevereiro de 2023

IMPESSOALIDADE E AFINIDADE

Nossos passados contam os mesmos afetos,
rotinas e comunhão com os lugares e  objetos de nossa intimidade.
Não há originalidade em nossas infâncias,
ou no sentir de nós mesmos como viventes. No fundo, embora destintas, nossas memórias se entrelaçam na banalidade de um sentimento de época. 
Por isso não me sinto muito a vontade para reivindicar uma identidade. 
Somos todos cópias de cópias de qualquer simulacro.
É justamente está ausência de autenticidade que nos aproxima, que cria empatia, amor ou amizade.
O eu equivale ao outro. Eis a assombrosa premissa de qualquer estratégia de subjetivação.


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