domingo, 16 de outubro de 2022

DO DEVIR DE TODAS AS COISAS

Não sei como as coisas acontecem,
como a vida segue através de nós
conformada a ilusão dos hábitos
e ao simulacro das civilizações.

Só sei que tudo acaba, desaparece,
e pouco importa o que foi realizado,
ou sobrevive como narrativa e vestígio.

Nada faz sentido.
Não importa os valores vigentes,
a confusão das épocas,
ou os limites de nossa percepção.
Nada leva a nada
E o eterno retorno do caos
é tudo que persiste,
tudo que muda,
Tudo que dança,
que morre e que vive,
na mistura do ser e do não ser
na instável temperança que implode toda realidade.



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