Pois no congestionamento dos signos, reduzidos a um fluxo desmedido de Informações, o mundo não é mais passível de representação. Ele foi substituído pela experiência do simulacro do seu duplo midiático, reduzido a centenas de imagens quase ilegíveis no labirinto de significações fragmentadas que desfilam pelas telas do virtual em frenétuco fluxo irracional. Desejo e consumo definem nossa precária posse do mundo vivido, nosso fragil equilibrio emocional e padrão de percepção. O mundo e a vida, binário condicionante de nossa social condição de viventes, tornou-se fonte de angustia e opressão. Nossas subjetividades a deriva não se envolvem mais afetivamente com a realidade, pois este é um privilégio reduzido a uma infância cada vez mais abreviada. A vida é um fardo ao qual nos confornamos na absoluta objetividade de uma realidade que não nos acolhe. Pelo contrário, os artificialismos da vida em sociedade, o jogo pela sobrevivência, torna a existência um campo hostil de experiências liquidas.
Fala-se aqui com máxima franqueza sobre as representações contemporâneas das paixões e emoções que definem a dimensão instintiva em suas configurações humanas, apontando para uma superação do carcomido modelo do amor romântico apostando, ao mesmo tempo, no mais profundo sentimento do outro que define os amantes.
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