segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

EXÍLIO ÍNTIMO

Saudades me calam o tempo.
Muitas ausências habitam a casa
onde me tranco em silêncio,
indiferente ao imediato e o agora
que decora as ruas.

Cada canto canta memórias,
afetos, e sonhos,
de uma época perdida
que mora em meus pensamentos
como um país  estrangeiro
onde meus pés se perderam.
Mas o passado é sempre outro
na imaginação de um impossível e antigo futuro
que não  cabe em qualquer amanhã. 


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