domingo, 31 de maio de 2020

MELANCOLIA E ALIENAÇÃO

Eu me invento no tempo incerto dos meus  silêncios,
Hiatos, abismos e afetos.

Eu me rendo ao vazio,
Ao sentimento de nada,
De falta de mim mesmo,
Que me define diante do mundo
Em estado de desabrigo.

Eu me invento na ausência do rosto,
No descartável existir que me consome
E me reduz a impotência de ser como os outros.
Eu me rendo,
E neste ato escapo de tudo.

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