Todo mundo tem um lado de dentro e um lado de fora. O último é a soma dos outros que nos frequentam, o primeiro o vazio que nos habita. Mas nenhum dos dois nos define. Somos a ausência contida entre os dois lados, um espaço vago, onde tudo transita entre o familiar e o estranho.
Dois lados, duas medidas? Não sei. Tudo que sinto é que frequentando os dois inventamos formas de não viver, qualquer estado estrangeiro de ser.

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