Já diziam os dadaístas que a vida
é uma farsa de má qualidade. Afinal, toda realidade não passa de uma quimera e
a verdade é uma necessária ilusão, é apenas um estupido artificio humano a
estabelecer falsas resposta ao abstrato problema sem solução que é o mundo.
Somos o irracional onipotente da
vontade. Viver é compulsão, convulsão, sensação, apetite, desejo. Estamos
condenados a esta falta de existência que nos leva ao fora de nós mesmos. Mas não
existe o exterior tanto quando inexiste o interior. Tudo é indeterminação,
movimento de um desejo absoluto que não me diz
o rosto, mas que me faz seu espelho opaco.



















