terça-feira, 19 de julho de 2016

O PROVINCIANISMO DO AMOR

Amamos apenas o que de alguma forma é parte de nossa imediata existência. E não há nada de errado em relação a isso. A ideia de comunhão da espécie, de pertencermos à humanidade, não passa de uma formulação abstrata que nada diz sobre nosso dia a dia. Nos ignoramos o tempo todo nas ruas e seria insensato imaginar qualquer outra forma de conduta.

O afeto define aquilo que para nós importa e existe no mundo. Somos incapazes de olhar além das fronteiras de nossa experiência concreta ou saber sobre aquilo que transcende nossas vivências.

Amar é um exercício de domesticação da realidade, de estabelecer referencias que nos permitam significar nossas experiências através dos outros.  E quão poucos são estes outros...


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