segunda-feira, 2 de maio de 2016

SOBRE O AFETO DOS SOLITÁRIOS

O amor é  uma espécie de armadilha.

É  preciso ser profundamente enterrado em si mesmo para viver um amor. Somente pessoas solitárias conseguem perceber o outro em sua mais radical diversidade interior a ponto de surpreender o amor como uma parcela muito pequena da totalidade que elas são  em ontológica diversidade.

Acho que no fundo é  por isso que pessoas solitárias são  solitárias. Elas exigem do outro uma sinceridade de sentimentos, um jogo de luz e sombra de afetos, que poucos são  capazes de vislumbrar nos abismos da intimidade.

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