O amor é uma espécie de armadilha.
É preciso ser profundamente enterrado em si mesmo para viver um amor. Somente pessoas solitárias conseguem perceber o outro em sua mais radical diversidade interior a ponto de surpreender o amor como uma parcela muito pequena da totalidade que elas são em ontológica diversidade.
Acho que no fundo é por isso que pessoas solitárias são solitárias. Elas exigem do outro uma sinceridade de sentimentos, um jogo de luz e sombra de afetos, que poucos são capazes de vislumbrar nos abismos da intimidade.

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