O cultivo da própria individualidade não é sinônimo de “egoísmo”, pelo
menos não nos termos propostos pelos defensores de praticas associativas e
coletivistas que sustentam a adequação dos indivíduos a ideias supostamente altruístas
e abstratos.
Primeiramente, todo ser humano persegue o próprio bem estar e é isso
que justifica sua interação com os outros. Precisamos de pares para alcançar
nossa mais elementar satisfação pessoal. Seja biológica, social ou afetivamente.
Mas isso não nos leva, de forma alguma, a abdicar de nossas carências.
E mais eficaz seremos no trato com os outros quanto mais autonomia
individual conseguirmos alcançar. Assim
sendo, é simplista dizer que indivíduos que vivem em função de alguma causa
coletiva ou convictos da validade de algum abstrato ideal de sociedade, são mais “nobres”
ou “corretos” do que aqueles que admitem que existem simplesmente para
satisfazer a si mesmo, reduzindo sua práxis
ao simples ideal de sobrevivência e conforto pessoal.
Considerando que as motivações das ações humanas são complexas e que
não se deve nunca julgar alguém por aquilo em que acredita, o individualista
tem a vantagem de partir da mais sincera e franca dentre todas as premissas:
Instintivamente ele busca sobreviver e
tudo que faz é orientado para essa simples demanda existencial.
É saudável dedicar-se a própria individualidade como medida de todas as
coisas.

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