terça-feira, 12 de abril de 2016

ALTERIDADE

De que modo o sentimento do outro formata a experiência de si mesmo? Na medida em que julgamos o outro a partir de nossos próprios parâmetros de realidade, podemos afirmar que não consideramos nossos interlocutores fora de nossas intimas formatações de mundo, dos filtros do real inerente a nossa capacidade cognitiva. Estamos longe de qualquer objetividade neste campo, pois lidamos sempre com uma imagem do outro.  

Desta delicada premissa derivam todos os problemas e questões inerentes a dinâmica dos relacionamentos intersubjetivos. Principalmente porque na maioria dos contextos societários somos orientados pelo “exercício de uma persona social” que não corresponde a totalidade de nossas tendências, impulsos e padrões ontológicos de pensamento e ação.   A fecundidade de um dialogo depende da habilidade com que reduzimos a artifício e jogo a experiência do outro.

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