De que modo o sentimento do outro
formata a experiência de si mesmo? Na medida em que julgamos o outro a partir
de nossos próprios parâmetros de realidade, podemos afirmar que não
consideramos nossos interlocutores fora de nossas intimas formatações de mundo,
dos filtros do real inerente a nossa capacidade cognitiva. Estamos longe de
qualquer objetividade neste campo, pois lidamos sempre com uma imagem do outro.
Desta delicada premissa derivam todos os
problemas e questões inerentes a dinâmica dos relacionamentos intersubjetivos.
Principalmente porque na maioria dos contextos societários somos orientados
pelo “exercício de uma persona social” que não corresponde a totalidade de
nossas tendências, impulsos e padrões ontológicos de pensamento e ação. A fecundidade de um dialogo depende da
habilidade com que reduzimos a artifício e jogo a experiência do outro.

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