Naquela noite
nos banhamos de vinho
e bebemos orgias
confundindo nossos corpos
em desesperada agonia.
Soubemos o desespero dos amantes
buscando um no outro
uma redenção que não existe.
Naquela noite
vivemos embriagados
a luz de certezas
e esgotamos todos os nossos futuros.
Fala-se aqui com máxima franqueza sobre as representações contemporâneas das paixões e emoções que definem a dimensão instintiva em suas configurações humanas, apontando para uma superação do carcomido modelo do amor romântico apostando, ao mesmo tempo, no mais profundo sentimento do outro que define os amantes.
segunda-feira, 30 de junho de 2014
INDIVIDUALIDADES AFETIVAS
O que mais ridículo me parece nos discursos dos defensores do mito do amor romantico ou eletivo é sua clara referência ao "pensamento mágico" que, a despeito de toda erança iluminista, permanece presente na cultura moderna como um de seus traços mais significativos, mesmo que em formas aparentemente secularizadas.
Não há dignidade no amor. Nenhum relacionamento nos redime de nossas solidões e carências, da mesma forma em que relacionamentos casuais não satisfazem plenamente nossas afetividades.
É preciso dizer com toda franqueza que o amor erotizado e o amor idealizado são as duas faces de um mesmo fracasso emocional. Regra geral, inspirados por um ou pelo outro, acumulamos ao longo da vida encontros e desencontros e simplesmente, desesperançados, nos rendemos aos imperativos das circunstâncias sociais sem ousar a imaginação de novas estratégias de construção de nossas sensibilidades e afetividades que tenham por pressuposto a critica do outro como princípio.
Qualquer relacionamento intimo é uma experiência individuada que pressupõe acima de tudo o desenvolvimento da própria personalidade. Não existe predestinação e muito menos prazer erótico sem decepções, pois é nossa individualidade que compartilhamos e buscamos afirmar através do outro.
Apenas somos capazes de nos relacionar como individuos.
domingo, 29 de junho de 2014
A DECADÊNCIA DOS SENTIMENTOS
Todas as musas estão mortas
e o amor tornou-se velho e doente
frente aos imperativos da realidade
e nossas problematicas afetividades.
Os corações seguem vazios,
os pensamentos usam sapatos.
Um beijo não vale um encontro
e uma dança já não é um diálogo.
e o amor tornou-se velho e doente
frente aos imperativos da realidade
e nossas problematicas afetividades.
Os corações seguem vazios,
os pensamentos usam sapatos.
Um beijo não vale um encontro
e uma dança já não é um diálogo.
sexta-feira, 27 de junho de 2014
QUAL SOLIDÃO ME FARÁ COMPANHIA NESTA NOITE FRIA?
Qual solidão me fará companhia
Nesta noite fria?
Quais diálogos desperdiçarei
Na madrugada até o limite da embriaguez?
Será sempre a mesma rotina,
A agonia de viver os mesmos fatos
E malogros até a náusea
Do mais profundo não Ser.
Qual solidão me fará companhia
Nesta noite fria?
Nesta noite fria?
Quais diálogos desperdiçarei
Na madrugada até o limite da embriaguez?
Será sempre a mesma rotina,
A agonia de viver os mesmos fatos
E malogros até a náusea
Do mais profundo não Ser.
Qual solidão me fará companhia
Nesta noite fria?
quinta-feira, 26 de junho de 2014
FUGA
O amor muitas vezes não basta
ou sacia a fome dos amantes.
Gera apenas melancolia
e os reduz a perversos infantes
que se despedem tristes
na agonia de cada beijo.
Apenas os corpos conversam
nas reticências dos afetos
e a realidade
foge dos sonhos.
ou sacia a fome dos amantes.
Gera apenas melancolia
e os reduz a perversos infantes
que se despedem tristes
na agonia de cada beijo.
Apenas os corpos conversam
nas reticências dos afetos
e a realidade
foge dos sonhos.
AMOR E EGOÍSMO
Todos os relacionamentos são iguais
Como volúvel é a vontade de amar,
De estar com alguém,
E aceitar as nuanças e contradições
Do outro.
Relacionamentos são sempre decepcionantes.
Pois ninguém nunca irá satisfazer as expectativas
E exigências de um coração amante.
Amar, afinal, não passa de uma forma estranha
De egoísmo.
Como volúvel é a vontade de amar,
De estar com alguém,
E aceitar as nuanças e contradições
Do outro.
Relacionamentos são sempre decepcionantes.
Pois ninguém nunca irá satisfazer as expectativas
E exigências de um coração amante.
Amar, afinal, não passa de uma forma estranha
De egoísmo.
domingo, 22 de junho de 2014
CASO DE AMOR PERDIDO
Nunca dará em nada
aquele amor arrepentido
e perpetuado por promessas e beijos
que não valem um sonho perdido.
Teu sentimento não transformará o mundo,
nem trará a alegria de um dia de sol.
Joga fora tua emoção
e segue tua vida
sem depender de qualquer ilusão.
Viver é mais importante que amar.
aquele amor arrepentido
e perpetuado por promessas e beijos
que não valem um sonho perdido.
Teu sentimento não transformará o mundo,
nem trará a alegria de um dia de sol.
Joga fora tua emoção
e segue tua vida
sem depender de qualquer ilusão.
Viver é mais importante que amar.
quinta-feira, 12 de junho de 2014
FUGA
Sonhei um mundo
que não sabia
que não queria,
sonhei os sonhos dos outros
e descobri pesadelos
entre os sorrisos alheiros.
Depois fui buscar
minhas antigas quimeras
para inventar novos muros
contra a realidade.
Sufoquei nervoso
entre os muros de um relacionamento fútil
segunda-feira, 9 de junho de 2014
A INDIVIDUALIDADE E O ENÍGMA DAS RELAÇÕES
Tenho existido em tão profunda solidão, na opção de recusar relacionamentos, de me negar o outro como meio e fim de mim mesmo, decrito no espelho informe dos desejos comuns, que me assusto com a aventura de descobrir a autonomia de minha própria voz desafiando os lugares comuns de minhas certezas.
Sei agora que sou naquilo tudo que nunca serei. E issso nada diz em si mesmo...
I ME MINE, I ME MINE, I MY MINE!!!!
Sei agora que sou naquilo tudo que nunca serei. E issso nada diz em si mesmo...
I ME MINE, I ME MINE, I MY MINE!!!!
domingo, 8 de junho de 2014
SEPARAÇÃO ( MINI CONTO)
De tanto tentar comunicar o incomunicável,percebi o vazio de tentar ser amigável
diante de nossas tantas distâncias.
Apaguei nosso encontro e as marcas de nosso compartilhado passado.
O fim ,assim, elucidou nosso relacionamento ou definiu seu mediocre lugar dentro de mim.
diante de nossas tantas distâncias.
Apaguei nosso encontro e as marcas de nosso compartilhado passado.
O fim ,assim, elucidou nosso relacionamento ou definiu seu mediocre lugar dentro de mim.
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