os laços acumulados nos anos,
os lugares onde habitamos,
ou, ainda, as pessoas que nos definiram um tempo e um cotidiano.
Não importa nada que possa escrever em meus dias uma biografia, uma época ou legado. Pois a morte apaga todos os vestígios, registros, riscos e ausências. Nada fica do que foi no que será por uns tempos até que o próprio tempo não faça mais sentido. Não importa. Tudo sempre leva a nada. Tudo é ilusão que se desfaz e refaz no que muda e escapa através de nós até o infinito do nada. A vida, afinal, é apenas nada a acumular sobre nada. Só isso. E morrer é menos que isso, é menos que nada ou aquilo.
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