Há algo de sonho no eterno
que anima a memória
escapando ao tempo.
Algo que nos transcende
como corpo perdido na prisão do espaço.
Sou pleno apenas onde não existo,
onde me ultrapasso no outro,
na casa ou mesmo no esquecimento
de uma vida que se apaga
em seu próprio vestígio.
Lembrar é um modo de sonhar,
de querer futuro o que foi perdido
contra tudo que resta pra ser vivido.
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