domingo, 28 de agosto de 2022

SOBRE A INCERTEZA DE SER UM EU

Não passo do pálido reflexo
do meu eu perdido no tempo
fugindo da multidão.

Um eu sem abrigo ou
identidade,
Fluindo 
entre a consciência e a percepção.

Sempre entre os outros,
atravessado por signos e símbolos,
inventando o próprio corpo.

Um que se sabe morto,
descontinuado, mutilado,
Desfigurado
 pelo tempo de si e dos outros.

Um eu cuja realidade
é a incerteza do próprio reflexo.








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