Mesmo despersas em suas inercias,
São resistência.
Formam um imenso cordão
De afecções nomades
Cuja gratuita presença
É em si mesmo um ato de protesto
E singularidade.
Um dia seremos sozinhos juntos,
Livres através das multidões de anônimos
Que nos habitam o rosto
Desde o início dos tempos futuros.
Na chegança destes tempos
Não saberemos mais
O eu que em nós
Inventou os outros.
Seremos todos múltiplos e incertos,
em um amplo esforço de desistências
E renúncias.