Não temos muito controle sobre
nossos afetos mais banais. Não escolhemos gostar disso ou daquilo. Nem mesmo
podemos explicar por que isso e não aquilo nos atrai. Isso se estende,
obviamente, ao plano das relações humanas. Geralmente atribuímos aos atributos
pessoais de alguém as razões de nossa identificação. Mas estamos sempre lidando
com uma imagem imprecisa e não muito verdadeira daquela determinada pessoa. Há
muita projeção envolvida quando escrevemos alguém.
O problema da economia cotidiana
dos nossos afetos é, portanto, um tema curioso sobre a nossa irracionalidade de
todos os dias. Mesmo que lhe associemos questão como empatia, simpatia e outras,
inerentes a mais elementar convivência humana, falando de modo muito simplista,
somos demasiadamente inconscientes em relação aos nossos afetos.
















