A economia afetiva de uma vida inteira não cabe na intencionalidade do dizer o Amor. Pois tal economia é intensamente descontinuidade, subtração, devir cego e incerto que não se dobra a ordem das palavras forjadas por qualquer trovador.
O objeto do amor é sempre o próprio amor na indiferenciada presença do sujeito e do objeto. Não há como representa-lo, defini-lo através de qualquer norma. Toda representação do amor é uma negação do amor. O amor é um ideal impossível que confundimos com a febre da vontade. Ele só é real diante de si mesmo e jamais entre seres humanos.
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