A simpatia, ou a afinidade
afetiva que estabelecemos com outras pessoas, é antes de tudo uma consequência da
convivência e da intimidade. Não nos sentimos próximos dos desconhecidos a
nossa volta em lugares públicos e, muitas vezes, eles não nos despertam mais do
que uma leve repulsa ou antipatia pelo simples fato de existirem. Não tenho
qualquer problema em admitir isso.
A simpatia é uma espécie de
eleição pessoal e não possui critérios muito objetivos. Mesmo que a coincidência
de opiniões e gostos possa favorecer
bastante a aproximação entre duas pessoas, não se trata exatamente de uma
premissa . Também podemos diariamente conviver com alguém e não desenvolver vínculos
afetivos significativos independente das
afinidades e até mesmo laços de parentesco.
A afinidade afetiva é uma relação
de transferência mutua destinada a poucos. Podemos dizer que o gênero humano se resume aqueles que amamos e
só dedicamos real importância aquelas pessoas que nos são próximas. Não temos
afeto pelo mundo.

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