segunda-feira, 1 de agosto de 2016

SILÊNCIOS

Não dou ouvidos aos outros.
Sismo apenas com minhas próprias opiniões,
Mas não as submeto aos ouvidos na multidão.
De nada vale compartilhar com os que me cercam
Aquele dizer que me define e me faz distinto de todos.

Minhas palavras correm em segredo de existência
Assim como minhas precárias certezas e vivencias  de mundo.

Jamais direi a ninguém
O mais essencial de meu intimo.
Por, simplesmente, ser impossível tal feito.
Por isso não perco tempo com diálogos.
Tenho mais a viver do que ouvir ou dizer.

Não dou ouvidos aos outros.

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