quinta-feira, 11 de junho de 2015

O HOMEM QUE NÃO AMAVA

Já não amava,
Já não sonhava.
Com sofreguidão respirava
Enquanto andava sem rumo
Pelas ruas tortas de uma cidade fria.

A solidão era a única coisa que o definia.
Pode-se dizer, sua única companhia.

Era destes que não importam para ninguém.
Não recebia beijos,
Não tinha por quem suspirar a noite.
Vivia como uma pedra.
Amanhã sempre era hoje de novo.
Mas já não se importava.
Nada era importante.
Já não amava...
Mas isso doía tanto
Que perdia as palavras.



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