domingo, 31 de agosto de 2014

NOTA SOBRE INDIVIDUALIDADE E RELACIONAMENTOS


Mesmo quando duas vidas se encontram  na reciprocidade do desejo,  elas se comunicam parcialmente. Mesmo lado a lado, cada uma segue seu próprio destino.

Relacionamentos não esgotam a história de uma vida inteira. São na verdade seus apêndices. O tipo de relacionamentos  que escolhemos e, até mesmo, a ausência deles, diz muito sobre aquilo que queremos e somos  diante de nós mesmos.

domingo, 24 de agosto de 2014

AMOR DESFEITO


Procurei enxergar a mim mesmo

No fundo rasso dos teus olhos.

Procurei decifrar a vida

Através de tua voz

Me vestindo de tuas palavras.

Tudo em vão.

Nosso amor ficou perdido

Em um dia de verão

Pois ninguém é feito

Um para o outro.

 

sábado, 23 de agosto de 2014

PÓS AMOR CORTES


Quando eu libertar uma damizela

Do meu próprio desejo

Através de um beijo bom

Serei feliz

Fora das ilusões do amor,

Das mentiras dos papeis de homem e mulher

Que a sociedade nos impõe

Contra nossos saberes de mundo e de corpo.

A  condição feminina é um valor universal.

Pura democracia aberta....

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

CAOS, AMOR E EMOÇÃO....



Emoções são reações orgânicas e subjetivas a determinados estímulos  exteriores. Pressupõem uma excitação . As mazelas do amor superam de longe suas delícias.

E não é preciso ter o coração despedaçado por alguma malograda experiência amorosa para se saber disso. Trata-se de mera questão de sensatez e bom senso. Afinal, tirando a fase das ilusões típicas da adolescência, ninguém costuma acreditar que será arremetido a algum tipo de paraíso existencial porque encontrou alguém para  compartilhar seus dias e tempo de ócio.  Mesmo os mais sensíveis  aos intemperes da solidão sabem que a companhia de outrem não é garantia de uma existência feliz e serena. Aliais, o normal é que  seja exatamente o contrário.

A grande verdade é que não suportamos a nós mesmos. Por isso precisamos dos outros como distração ao inconveniente de estar consigo mesmo.

Quanto fisiológica quanto cognitiva frente a  um evento objetivo. Desta forma uma emoção é uma reação valorativa e teleológica já que “emoções primárias”, puramente irracionais, podem derivar “emoções secundárias” formatadas por valores e premissas cognitivas. Seja em ou outro caso, mesmo quando domesticadas emoções são regidas por um fluxo irracional de experiências sobre os quais possuímos um controle apenas relativo.

Quando associadas à passionalidade amorosa ou afetos eletivos, as emoções estão longe de realizar os ideias de “bons sentimentos” e “felizes intercâmbios privados ” preconizados pelas  ingênuas expectativas  estabelecidas pelo  amor tal como representado pelo senso comum.  

O amor é um pathos, uma compulsão irracional e amoral cuja finalidade é unicamente satisfazer a si mesma a qualquer preço.  No campo dos relacionamentos amorosos a economia das emoções  supera a passionalidade de qualquer conflito bélico em termos de  absurdos.

 

AS MAZELAS DO AMOR E OS DESAFIOS DAS SOLIDÕES


As mazelas do amor superam de longe suas delícias.

E não é preciso ter o coração despedaçado por alguma malograda experiência amorosa para se saber disso. Trata-se de mera questão de sensatez e bom senso. Afinal, tirando a fase das ilusões típicas da adolescência, ninguém costuma acreditar que será arremetido a algum tipo de paraíso existencial porque encontrou alguém para  compartilhar seus dias e tempo de ócio.  Mesmo os mais sensíveis  aos intemperes da solidão sabem que a companhia de outrem não é garantia de uma existência feliz e serena. Aliais, o normal é que  seja exatamente o contrário.

A grande verdade é que não suportamos a nós mesmos. Por isso precisamos dos outros como distração ao inconveniente de estar consigo mesmo.

domingo, 17 de agosto de 2014

O EFÊMERO DE UM BEIJO


Beijo hoje como quem

Espera do futuro apenas o tédio

De um novo beijo.

 

Invento rotinas

Contra a provisória despedida

Renovada a cada encontro,

Sem saber certezas de para sempre.

 

Beijo hoje como quem

Não espera mais

Do que o quase nada deste beijo.

sábado, 16 de agosto de 2014

A DOENÇA DE AMAR


O amor deu errado.

Azedou a vida e matou vontades.

Abandonei a mim mesmo

Na sombra do outro

Vivendo radicalmente a fantasia

De um beijo,

Buscando a ilusão  da vontade

Que de tão intensa

Substituiu em mim

A própria realidade.

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

A PERENIDADE DO AMOR

O amor dura pouco,
Menos que um beijo.
Talvez persista,
Em alguns raros casos,
Pelas horas de uma noite.
Mas desaparece sempre,
Quando menos se espera,
Por simples cansaço
De si mesmo.

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

DE AMOR EM AMOR...

De amor em amor
administrei meus vazios e  solidões,
deixei o melhor de mim na torta cama
de mulheres erradas
fazendo as mais absurdas concessões
de afeto.

De amor em amor em amor
fui descobrindo
através do outro
o simples vazio
de amar.

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

RELAÇÕES EGOISTAS

Para alguns a mulher do outro lado da rua sempre será mais interessante do que aquela com a qual se compartilha os passos.  Pois a intimidade é um desencanto que se quebra diante do permanente desafio de um rosto desconhecido.

Para alguns o querer e o gostar são coisas abstratas e distantes frente aos imperativos do  narcisismo.

Muitos constroem suas afetividades sob o solo movetiça do egoísmo.

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

FRAGILIDADES AFETIVAS

Afetos são como  o éter.
Não se demoram
Em qualquer parte
Nem descansam
Em definições e formas.
Percorrem aleatoriamente
O espaço das emoções
Deixando por todas as partes

As marcas de suas ilusões.

A FLOR DA PELE

Atualmente
É cada vez mais fácil
Comunicar o que se pensa
E mais difícil
Expressar o que se sente.
Talvez porque já não há mais
Sentimento
Que dê conta das ansiedades da gente