Emoções são reações orgânicas e
subjetivas a determinados estímulos exteriores.
Pressupõem uma excitação . As mazelas do amor superam de longe suas delícias.
E não é preciso ter o coração
despedaçado por alguma malograda experiência amorosa para se saber disso.
Trata-se de mera questão de sensatez e bom senso. Afinal, tirando a fase das
ilusões típicas da adolescência, ninguém costuma acreditar que será arremetido
a algum tipo de paraíso existencial porque encontrou alguém para compartilhar seus dias e tempo de ócio. Mesmo os mais sensíveis aos intemperes da solidão sabem que a
companhia de outrem não é garantia de uma existência feliz e serena. Aliais, o
normal é que seja exatamente o
contrário.
A grande verdade é que não
suportamos a nós mesmos. Por isso precisamos dos outros como distração ao
inconveniente de estar consigo mesmo.
Quanto fisiológica quanto cognitiva
frente a um evento objetivo. Desta forma
uma emoção é uma reação valorativa e teleológica já que “emoções primárias”,
puramente irracionais, podem derivar “emoções secundárias” formatadas por
valores e premissas cognitivas. Seja em ou outro caso, mesmo quando
domesticadas emoções são regidas por um fluxo irracional de experiências sobre
os quais possuímos um controle apenas relativo.
Quando associadas à
passionalidade amorosa ou afetos eletivos, as emoções estão longe de realizar
os ideias de “bons sentimentos” e “felizes intercâmbios privados ” preconizados
pelas ingênuas expectativas estabelecidas pelo amor tal como representado pelo senso comum.
O amor é um pathos, uma compulsão
irracional e amoral cuja finalidade é unicamente satisfazer a si mesma a
qualquer preço. No campo dos
relacionamentos amorosos a economia das emoções
supera a passionalidade de qualquer conflito bélico em termos de absurdos.