Realizamos tão pouco junto
Que nada ficou um do outro
Depois daquele encontro
Apagado e sujo de noite
Que não virou lembrança
Nem deixou perdas ou ganhos.
Nada ficou um do outro
Naquele encontro que quase aconteceu,
Onde nunca fomos um TU e um EU.
Fala-se aqui com máxima franqueza sobre as representações contemporâneas das paixões e emoções que definem a dimensão instintiva em suas configurações humanas, apontando para uma superação do carcomido modelo do amor romântico apostando, ao mesmo tempo, no mais profundo sentimento do outro que define os amantes.
quarta-feira, 30 de julho de 2014
terça-feira, 29 de julho de 2014
TRAIÇÃO
Por baixo do teu olhar
E na sombra de tuas palavras
Vislumbrei o mundo oculto
Da tua tristeza
Que de tanto repetir o amor
Revelou teus limites,
Sombras e escuridões.
Nem mesmo você sabia
O quanto no ato hipócrita
Do teu beijo faminto
Escreviam-se distâncias
E separações.
E na sombra de tuas palavras
Vislumbrei o mundo oculto
Da tua tristeza
Que de tanto repetir o amor
Revelou teus limites,
Sombras e escuridões.
Nem mesmo você sabia
O quanto no ato hipócrita
Do teu beijo faminto
Escreviam-se distâncias
E separações.
quarta-feira, 23 de julho de 2014
SOLIDÕES, SOLITUDES...
Faça um inventário de suas pequenas solidões,
Frustrações e carências,
Procure fotografa-las em teu dia a dia
Na economia magra dos afazeres cotidianos
E sentimento das coisas.
Talvez perceba o quanto
Compartilhas involuntariamente com os outros
As solidões que tão discretamente
Carregas no rosto.
Frustrações e carências,
Procure fotografa-las em teu dia a dia
Na economia magra dos afazeres cotidianos
E sentimento das coisas.
Talvez perceba o quanto
Compartilhas involuntariamente com os outros
As solidões que tão discretamente
Carregas no rosto.
MUDANÇA
Nossas vidas seguem no pretérito imperfeito,
Retas e descabidas
Como um sonho quebrado
Abandonado as margens da realidade.
Nada temos a dizer sobre o passado,
Sobre a reviravolta dos afetos
Que nos surpreenderam os dias.
Nossas vidas seguem...
Mas não somos os mesmos.
Retas e descabidas
Como um sonho quebrado
Abandonado as margens da realidade.
Nada temos a dizer sobre o passado,
Sobre a reviravolta dos afetos
Que nos surpreenderam os dias.
Nossas vidas seguem...
Mas não somos os mesmos.
quinta-feira, 17 de julho de 2014
LIRISMO DE BORDEL
Nunca fomos reféns de qualquer forma de amor.
Apenas dançávamos a vida
Ao sabor do preço de cada encontro.
Nenhum futuro levávamos no bolso
No bailado de nosso desejo.
Éramos livres de uma liberdade
Que não se lia nos livros.
Apenas o prazer nos conduzia
No diálogo de nossas bocas famintas.
Existíamos apenas
Nas urgências do simples agora
Sem ilusões de eternidade.
Apenas dançávamos a vida
Ao sabor do preço de cada encontro.
Nenhum futuro levávamos no bolso
No bailado de nosso desejo.
Éramos livres de uma liberdade
Que não se lia nos livros.
Apenas o prazer nos conduzia
No diálogo de nossas bocas famintas.
Existíamos apenas
Nas urgências do simples agora
Sem ilusões de eternidade.
terça-feira, 15 de julho de 2014
AFORISMAS SOBRE AMOR E DESEJO
Adultos são como crianças desfiguradas. Nunca sabemos do que são capazes quando contrariadas.
@
Nunca conhecemos todas as faces dos nossos afetos.
@
O amor muitas vezes contraria nossos desejos.
@
Há sempre algum sonho devorando outro sonho à sombra de algum obscuro desejo.
quinta-feira, 10 de julho de 2014
AFETOS E SEPARAÇÃO
Meus afetos habituados a tua ausência
Já não choram teu rosto.
Pois nossos passados,
Já tão desbotados,
Caíram da parede do tempo,
Desaparecendo nos abismos
Dos silêncios.
Seguimos em frente,
Sem saber um do outro
Desdenhando tudo que fomos
Em nossos dias compartilhados.
Já não choram teu rosto.
Pois nossos passados,
Já tão desbotados,
Caíram da parede do tempo,
Desaparecendo nos abismos
Dos silêncios.
Seguimos em frente,
Sem saber um do outro
Desdenhando tudo que fomos
Em nossos dias compartilhados.
segunda-feira, 7 de julho de 2014
AMOR E AGONIA
Afetos são tão incertos
que não há amor que não seja
uma forma de desassossego,
uma agonia
que só piora com o beijo
que consumando o afeto
nos consome.
O amor é como uma fome
Que nunca se cala.
que não há amor que não seja
uma forma de desassossego,
uma agonia
que só piora com o beijo
que consumando o afeto
nos consome.
O amor é como uma fome
Que nunca se cala.
sábado, 5 de julho de 2014
A ILUSÃO DO AMOR
Triste esperar que alguém
sonhe com a gente
uma realidade diferente
que realize nossa verdade.
Triste viver
esperando um encontro,
um beijo e o infinito
para saber a realidade.
Triste é achar
que tudo depende do amor.
sonhe com a gente
uma realidade diferente
que realize nossa verdade.
Triste viver
esperando um encontro,
um beijo e o infinito
para saber a realidade.
Triste é achar
que tudo depende do amor.
O LADO ESCURO DO AMOR
O amor nos leva a exigir do outro o impossível,
o máximo de nossas urgências
e o absurdo de nossas carências.
O amor é cruel e egoista,
pois o desejo transcende o objeto,
distorce o afeto
e inventa silêncios
na fome absurda da metafísica
de um beijo.
o máximo de nossas urgências
e o absurdo de nossas carências.
O amor é cruel e egoista,
pois o desejo transcende o objeto,
distorce o afeto
e inventa silêncios
na fome absurda da metafísica
de um beijo.
sexta-feira, 4 de julho de 2014
DEFINIÇÃO DE AMOR
Guardei no bolso
algumas rotas esperanças
para imaginar o futuro
que meu passsado inventou.
O hoje é o lugar das promessas
que nunca se realizam.
O amanhã a decepção sublimada.
Eis aqui a mais correta
definição de amor.
algumas rotas esperanças
para imaginar o futuro
que meu passsado inventou.
O hoje é o lugar das promessas
que nunca se realizam.
O amanhã a decepção sublimada.
Eis aqui a mais correta
definição de amor.
quinta-feira, 3 de julho de 2014
SOLITUDE
Não escute meus olhos
Ou tente entender meus pensamentos.
Não sou destes que se explicam
Ou dialogam.
Tudo em mim é silêncio,
Esquecimento e distancia.
Nada tenho a dizer
Que aos outros importe
Nem acredito em minhas próprias palavras.
Ou tente entender meus pensamentos.
Não sou destes que se explicam
Ou dialogam.
Tudo em mim é silêncio,
Esquecimento e distancia.
Nada tenho a dizer
Que aos outros importe
Nem acredito em minhas próprias palavras.
terça-feira, 1 de julho de 2014
AFORISMAS SOBRE OS LIMITES DO AMOR
O objeto de nossos afetos nunca os recebe pacificamente. Nesta modesta premissa reside toda a barroca complexidade de nossa economia afetiva.
Amar alguém nunca será suficiente. Por isso nenhum relacionamento erótico/privado nutre-se apenas da afetividade dos laços.
Não se pode escapar ao impulso de amar e a fatalidade de deixar de amar.
O amor acontece quando paramos de dialogar e cultivamos monólogos e imaginações através do outro.
Amar alguém nunca será suficiente. Por isso nenhum relacionamento erótico/privado nutre-se apenas da afetividade dos laços.
Não se pode escapar ao impulso de amar e a fatalidade de deixar de amar.
O amor acontece quando paramos de dialogar e cultivamos monólogos e imaginações através do outro.
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